quarta-feira, 17 de março de 2010

GEPIEE e NICA apresentam pesquisas e projetos para a Prof. Ruth Mercado

Ainda a sexta-feira 12 de março...

Fotos: Suze

Estudantes do Curso de Pedagogia sem sala de aulas vão à Reitoria da UFSC para encontrar o Reitor em busca de soluções para o problema que se arrasta por anos. São "recebidos" pelo Vice-Reitor, Prof. Prata. O fato teve grande repercussão na universidade e na mídia de Florianópolis. 

Reunião com o Reitor no Auditório do CED: mudanças à vista!



Em carta apresentada pela acadêmica do Curso de Pedagogia da UFSC, Flora Bazzo, a comunidade do CED lota o auditório do CED na tarde e 16 de março de 2010, fazendo apelo ao Reitor Prof. Prata e Vice-Reitor Prof. Paraná para que se realizem mudanças necessárias, como contratação de professores efetivos,  reforma e construção de prédio dentre outras reivindicações. Leia o documento na íntegra.


Florianópolis, março de 2010

Estimados senhores,


No dia 12 de março de 2010, o corpo discente de Pedagogia dessa Universidade se organizou, movido pela revolta com a precarização das condições estruturais e dos recursos humanos para a realização de suas aulas, notadamente nas três últimas fases do curso, no que se refere à preparação dos estágios. É importante frisar que não se trata de uma situação isolada, por um lado por ser uma recorrência: a cada semestre dos últimos anos, somos confrontados à mesma situação - mais de uma dezena de turmas sem espaço físico para realizar suas atividades, falta de professores, demora e incerteza nas soluções; por outro lado, porque sabemos não ser o único curso nem o único Centro a passar por problemas semelhantes.


Por acreditar que a Universidade Federal de Santa Catarina deve estar  comprometida com a educação pública, gratuita e de qualidade, seja ela no nível superior, seja no básico, pedimos coerência no sentido da valorização da formação docente – inclusive, e mesmo especialmente, em relação aos estágios, por serem momentos privilegiados de contato entre as redes de ensino e a universidade. Tal valorização passa, certamente, pelo apreço à profissão docente, mas não pode se restringir a ele: são necessários investimentos efetivos nas condições de formação dos futuros professores, tanto na Pedagogia quanto nas outras licenciaturas.


Registramos que no dia de hoje, que encerra a segunda semana letiva, ainda há turmas que não têm espaço físico destinado a elas, estando privadas de aulas. Considerando a data de início do expediente da Universidade, nos impressiona a demora em regularizar tal situação. 


Ademais, outras turmas estão privadas de aula pela falta de professores.


Sabemos que a Universidade passa por um processo de expansão da oferta de vagas, e reivindicamos: para todos os discentes que preenchem essas vagas, inclusive para nós mesmos, não queremos apenas formatura - queremos formação. Formação de qualidade, com a estrutura necessária.


Dessa forma, como ações concretas por parte da Reitoria, reivindicamos:

- que providências urgentes sejam tomadas em relação às turmas que estão privadas de aulas;
- a garantia de que a história não se repetirá nos próximos semestres; que a alocação das turmas será considerada prioridade de gestão, no sentido de evitar que outras turmas passem por tais constrangimentos;
- que a questão dos professores seja regularizada, prioritariamente com a contratação de professores efetivos;
- uma maior atenção ao espaço físico do Centro de Educação, que no momento apresenta deficiências graves, como a falta de acessibilidade (para chegar às salas de aula é preciso percorrer no mínimo dois lances de escada), o xérox fechado, falta de papel higiênico nos banheiros, dentre outras.

Sem mais no momento, afirmamos nossa disposição ao diálogo, a ficar atentos às conseqüências de nossas reivindicações, e, mais do que isso, a continuar mobilizados em defesa de nossa formação.


Atenciosamente,

                        O coletivo de estudantes de Pedagogia
reunido no dia 12/03/2010.
Fotos: Leo Nogueira

O Ministro dos Direitos Humanos fala sobre o PNDH-3




Conferência proferida pelo Exmo. Ministro Paulo Vannuchi, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, dia 15 de março às 19 h no Auditório Guarapuvu do Centro de Eeventos da UFSC. Promoção DCE/UFSC.


Foto: Leonos

Conferência: Profa. Ruth Mercado


Fotos: Leonos

segunda-feira, 15 de março de 2010

Há dois anos, em 2008, registramos o problema da falta de sala de aula...



Março de 2008: Depois da primeira reunião (no Auditório do CCE) para tratar da rematrícula e falta de sala-de-aula para as turmas da Disciplina, professores e estudantes se dirigem à direção do CED para expressar indignação em relação a este problema verificado em todos os semestres. A direção está se empenhando para resolver o problema.

Briga na reitoria, uma aula de Pedagogia

Sexta-feira, 12 de março de 2010,
perto das três horas da tarde,
cerca de 140 estudantes do CED vêm à Reitoria reivindicar
solução para o problema de falta de salas de aula
(a saber, 6ª e 8ª fase da Pedagogia),
ausência de professores (4ª fase pedagogia)
e o fechamento do Xerox do CED (que obriga os estudantes
a enfrentar até 1h40min. de fila no xerox do CFH)

Por Hélio Rodack Quadros Júnior
DCE UFSC

Após uma longa manifestação, o vice-reitor Paraná atendeu os estudantes, explicando como a reitoria está negociando o espaço com os centros. Após um atrito inicial, sobre a expansão de cursos sem infra-estrutura, este disse que a responsabilidade sobre a abertura de novos cursos é dos centros, que a reitoria “não manda nada” (resposta dada à pergunta: “a reitoria não manda nada?”).

As acadêmicas contestam a tese de “esperar solidariedade dos outros centros”, afirmando que sala de aula não se deve a solidariedade, mas à garantia de direitos. Os ânimos se acirram quando se inicia o debate sobre acessibilidade, quando o vice-reitor pergunta: “o CED não tem elevador?”. O que certamente irritou os presentes por evidenciar um desconhecimento sobre a realidade desse centro.

A conversa segue com o depoimento de calouras de Pedagogia sobre o sucateamento do espaço físico de seu curso, em relação a outros centros com maior infra-estrutura (CCS, como foi citado). O vice-reitor rebate a acusação afirmando que considera importante a pedagogia, dizendo que a valoriza muito. Ao que prontamente um acadêmico pergunta “se o diretor de centro precisar de verba, a reitoria vai apoiar?”. O vice-reitor responde expondo o processo de licitação da construção do novo prédio, que está em andamento. Tal afirmativa continua a exaltar os ânimos: “só vou poder me formar depois que esse prédio ficar pronto?”, “estamos vindo há duas semanas, e sem aula, quem vai repor isso? Como vão repor essas perdas?”. O vice-reitor afirma “se comprometer na tentativa pessoal”, leva o problema para o âmbito das licitações, o que irrita ainda mais o público.

Nesse meio tempo, até mesmo o vice-reitor aumenta o tom de voz, afirmando que não é “político pessoal”, que “não conta lorota”, que precisa trabalhar; discurso que prossegue elucidando suas limitações. No corredor desabafos indignados: “essa lenga-lenga vai longe!”, e a cada novo depoimento mais exaltações, mais ainda quando o vice afirma: “eu considero uma ofensa virem aqui desse jeito dizer essas coisas”. As mulheres levantam a voz: “se não for resolvido logo, faremos uma manifestação maior ainda!”.

Alunos da Universidade Federal de Santa Catarina protestam contra falta de salas de aula



O ano letivo começou em 1º de março, e a 6ª fase do curso de Pedagogia ainda está de "férias"


Cerca de 150 estudantes foram à frente da reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), na tarde desta sexta-feira, para protestar contra a falta de aulas no curso de Pedagogia. As aulas iniciaram-se em 1º deste mês e os estudantes da 6ª fase continuam de "férias" porque estariam faltando salas de aula.

Os estudantes também reclamam da ausência de professores em duas disciplinas da 5ª fase e do atraso em obras de novos centros de ensino localizados no campus do bairro Trindade, em Florianópolis.

Tentando, sem sucesso, uma reunião com o reitor da UFSC, eles decidiram entrar à força no gabinete.

— Queríamos uma posição dele sobre quais atitudes serão tomadas. Não podemos ficar sem estudar — justifica Renata Karina Biancini, estudante da 5ª fase de pedagogia.

Carlos Roberto Justus, vice-reitor da universidade, conversou com os estudantes. Eles repassaram todas as reivindicações a Justus, que prometeu para segunda-feira a solução da falta de salas de aula.
Novos prédios

Sobre as obras dos novos centros, explicou que estão atrasadas por vários motivos "típicos de construções", entre eles condições climáticas e demora da própria empreiteira responsável.

— Pretendíamos entregar até o meio do ano, mas acho que ficará para metade do segundo semestre — afirmou Justus.

Sobre a ausência de professores, o vice-reitor disse que não estava sabendo desse caso específico do curso de Pedagogia. Mas admitiu que isso pode acontecer, por causa de entraves burocráticos nos concursos para professores efetivos.

— Aí, precisamos selecionar substitutos, e isso também demora — explica.

Fonte: ClicRBS
Foto: Charles Guerra/ClicRBS

segunda-feira, 8 de março de 2010