segunda-feira, 31 de março de 2008

Falta de sala de aula...





domingo, 30 de março de 2008

"A mente constrói a realidade.
Ela a emoldura e a cria.
Todos nós temos
uma realidade comum,
um sonho comum".
Gustavo Bernardo Krause*






A turma 687B do Curso de Pedagogia da UFSC, da Disciplina MEN 5235, Prática de Estágio da Escola de Ensino Fundamental - Séries Iniciais, realizou a primeira reunião com a Coordenadoria de Estágio do Colégio de Aplicação/CED, da Universidade Federal de Santa Catarina, na tarde de 27 de março de 2008.

Acompanhados pela Profa. Monica Fantin, fomos recebidos pela Coordenadora de Estágio naquela instituição, Profa. Sílvia Leni Auras Lima, e nos encontramos com supervisores, orientadores e professores das séries onde estagiaremos.

Houve exposição sobre a importância do estágio e dos objetivos dele, das características gerais do Colégio de Aplicação no âmbito do Centro de Ciências da Educação, e da questão do Ensino Fundamental de nove anos dentre outros assuntos, sempre tendo em vista a importância da formação do professor para as séries iniciais. Posteriormente, passamos à visitação das dependências do Colégio, quando fomos apresentados ao Diretor, Prof. Romeu Augusto de Albuquerque Bezerra, além de outros profissionais. Destacamos nesta visitação a biblioteca setorial, uma turma da nova primeira série em atividade numa das salas de vídeo, os diversos laboratórios.

Não poderíamos deixar de registrar os esforços e as lutas dos profissionais pela melhoria de qualidade da educação, visto as limitações e dificuldades vividas para dar manutenção e implementação às ações tão necessárias para a área, dentro das políticas públicas atuais.

Os estagiários têm um grande desafio pela frente, não apenas no e aprofundamento da disciplina e desenvolvimento dos projetos de ensino, mas também no enfrentamento da realidade das escolas onde vamos atuar desde agora nas salas de aula, e na reflexão dos objetivos sociais da escola. Depois de anos de debates, diálogos, trabalhos, perguntas e questionamentos, entre a vontade de transformar o mundo e o ceticismo que muitas vezes nos ronda os pensamentos, nos abrimos para o enfrentamento da realidade educacional brasielrira, para ir desvendar e querer reinventar este grande mistério: a escola.

Agora, depois de todas as teorias levantadas como ferramentas para que compreendêssemos essa realidade que nos cerca, seguimos sempre estudando e fortalecendo as convicções que forjamos ao longo dos caminhos até aqui percorridos. Um caminho sem fim, este de estar envolvido mais séria e responsavelmente nos processos que chamamos de educação escolar e as relações entre ensino e aprendizagem.

As portas estão abertas e a percepção deve ser aguçada para escrevermos, no mundo, e com nossos companheiros e companheiras de estrada, as crianças, toda uma história de construção de sonhos que valem a pena realizar.

E, por ora, eu mesmo chamo René Magritte para rabiscar, desenhar e sonhar conosco neste mundo da escola, imagem ou reflexo desta sociedade em que vivemos. O surreal para aguentar o tranco do real que, no mais das vezes, negamos ou nos fazemos cegos...

Primeira resposta a uma pergunta inesperada: criança?
Primeira pergunta a uma resposta inesperada: professor.
Uma reticência: criar uma ponte de comunicação...

Pra quê?
Pra realizar um sonho?
Um sonho?
Comum?






...

* Gustavo Bernardo, publicado em KRAUSE, Gustavo Bernardo (org).
Literatura e ceticismo. São Paulo: Annablume, 2005.
UNIVERSIDADE FEDERAL
DE SANTA CATARINA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO
COLÉGIO DE APLICAÇÃO


O Colégio de Aplicação, inserido no Centro de Ciências da Educação da Universidade Federal de Santa Catarina, é uma unidade educacional que atende ao Ensino de 1º e 2º graus, e está localizado no Município de Florianópolis.

Foi criado em 1.961, com a denominação de Ginásio de Aplicação, com o objetivo de servir de campo de estágio aos alunos dos cursos de Licenciatura e Educação da Universidade Federal de Santa Catarina e de campo de experiências pedagógicas.


Até 1970, o Colégio atendia parcialmente o 1º grau, de 5ª a 8ª série com duas turmas por série.

A partir desta data foi criado o 2º grau, com matricula inicial de 30 alunos,
passando a denominar-se Colégio de Aplicação. Em 1980, foi complementado o 1º grau com a implantação de duas turmas para cada uma das séries iniciais.

Atualmente, o Colégio de Aplicação funciona em prédio próprio,no Campus Universitário e,a partir da Resolução n.º 041/CEPE/88,ficou estabelecido o número de três turmas por série, com 25 alunos cada uma.


O Colégio de Aplicação procura atender à trilogiade Ensino, Pesquisa e Extensão.


Coordenadoria de Estágio

Compete à Coordenadoria de Estágios do Colégio de Aplicação/CED:


· Coordenar as atividades de estágio do CA junto às instituições envolvidas.


· Promover a integração do Colégio com os departamentose/ou Coordenadorias de Estágios dos cursos de Graduação da UFSC e UDESC.

· Receber os Professores Supervisores e/ou Coordenadores de Curso para contatos necessários à prática de estágios.


· Auxiliar, quando necessário, a distribuição dos estagiários nas turmas, de modo a poder atender os objetivos do estágio, sem prejuízo das atividades pedagógicas.


· Realizar reuniões com os estagiários para fornecer as informações que se fizerem necessárias ao bom desenvolvimento dos estágios.

· Organizar o fornecimento do material de apoio necessário ao desenvolvimento do trabalho do estagiário (manual do estagiário, crachá, horário das aulas, relação dos professores e suas respectivas turmas, relação de recursos didático-pedagógicos).

· Elaborar e organizar o cadastramento dos estagiários.


· Informar a freqüência dos bolsistasde Estágio não-obrigatório e Bolsistas de Treinamento à Coordenadoria Geral de Estágios da UFSCe Serviço Social, respectivamente.


· Emitir declaração da realização e supervisão dos estágios aos acadêmicos e professores, respectivamente.


· Coletar informações oriundas dos relatórios finaise/ou entrevista com os supervisores de Estágios, de forma que possam servir de subsídios a trabalhos futuros.


· Divulgar o CA como campo de Estágio.


· Participar das reuniões de: Assessoramento e Colegiado do CA,
Coordenadoria Geral de Estágios, Colegiado da Pedagogia,
Fórum das Licenciaturas.

...

Fonte:
www.ca.ufsc.br

quinta-feira, 27 de março de 2008

Ciclo Cultura & Criança
26 de março de 2008
Barca dos Livros
na Lagoa da Conceição






Navegamos pela Biblioteca da Barca dos Livros da Sociedade Amantes da Leitura, capitaneada por Tânia Piacentini, com excelente bate-papo sobre a narração de histórias na sala de aula com a Profa. Gilka Girardello. Também conhecemos a Inaiara, o Paulo e a Tamira, além de reencontrar o Ingo Vargas, Pedagogo e também contador de histórias e aprendiz das artes de barista e fazedor de pão-de-queijo desde janeiro, escutando jazz de frente para a Lagoa da Conceição.

Sentados pelos tapetes no chão, acocorados nas cadeiras e acotovelados nas mesas éramos olhos, ouvidos e peitos abertos...

Tânia Piacentini expôs os objetivos da Barca e da Sociedade, bem como das lutas para navegar nesse mar da literatura, do livro e da leitura, seu envolvimento com a Pedagogia, que ora vamos descobrindo. Percebemos claramente que sua ocupação e paixão, de amante mesmo, vai na direção da literatura, e compreendemos da importância da questão da formação do professor leitor que vai trabalhar com leitores na infância.

A Profa. Gilka abordou o texto “A narração de histórias na sala de aula” (sem hífen mesmo), de um diálogo seu com Geoff Fox (Inglaterra), iniciando com o lançamento de uma questão: por que a literatura é importante?

Daí, com o texto no peito e viajando na imaginação, fomos contemplados com expressão nova nesta sexta fase do curso: a Pedagogia da Imaginação.
Lembrou-nos de Ítalo Calvino e da importância de se imaginar o que não existe a partir do que existe e, continuamos a viagem partindo de cinco eixos/fatores de estímulos da imaginação:

1 . O contato das crianças com a arte, na fruição e na produção dela;
2 . O contato com a natureza, no encantamento com ela;
3 . O Tempo, e o saber dar tempo às coisas;
4 . A mediação adulta nesse processo e,
5 . A Narrativa e a vontade de querer saber mais o que vem depois...

A Barca passou em viagem se orientando pelas estrelas da constelação do Cruzeiro do Sul e tomou rumo da Rússia nos anos 30; subiram fadas a bordo; Monteiro Lobato se achegou com Emília e o Visconde; o garoto da 5ª. série da Escola da Costa da Lagoa chegou para nos indicar livros; buscamos Newton que certamente ousou mesmo imaginar fertilmente para inventar suas hipóteses; falamos da Ciência se nutrindo das experiências da natureza, esbarramos em Sherazade voando com Aladim num tapete mágico; brincamos com o Homo sapiens e descobrimos o Homo narrens (nós, seres humanos, como contadores de histórias); um povo desconhecido lá do norte do Canadá foi contando como o céu era baixo e foi lá pro alto e, de repente, entre uma prosa e outra podíamos notar as várias expressões no rosto de cada um:

_Ah! Ah! Ah! Ah! Ah!
_ Ahhhhhhhhhhhh...
_ Ahá!!!
_ Ahn!?!...

Até o Paulo não se aguentava ali no computador dele e também furou o céu, e Tamira parou de fazer um trabalho e deu suas cutucadas também.

E, deixamos as histórias e estórias entrarem, e saírem...

Do primeiro encontro do Ciclo saímos com mil e uma interrogações, e deste, lá pelo meio, tínhamos 1001 noites a descobrir nas asas da imaginação...

De novo, o mundo de pernas pro ar...
O mundo a voar...
Um barco a navegar…
Livros a rodear…
Ciranda de livros,
Ciranda de cantigas,
Pra descobrir que contar histórias é todos deixarem “abrir o universo que têm no peito”...

No bate-papo, acabamos por lembrar de várias passagens de nossas vidas, e ouvimos e sentimos o cheiro das memórias do outro, nos pegamos a nós mesmos em lembranças quase perdidas no tempo, e os sorrisos e balançares de cabeça atestavam que a imaginação voava solta, mesmo.

Uma coisa certa que fica gravado no peito, desenhada sobre a água balançante, depois numa roda de café, chocolate quente e pão-de-queijo do Ingo: professores têm de se desafiar para encontrar o melhor meio de se comunicar com as crianças.

E, se cada um tem o seu jeito próprio de contar histórias, muitas vezes é a própria história que vem mexer com a gente, e nos conta o que fazer no ritmo dela mesma para fazer este contato e “comoção” com as crianças,...

Lá pelas tantas, Salman Hushdie entrou na dança. Ou era história?
Era, sim, com seu “Haroun e o Mar de Histórias”, dedicadas a seu filho Zafar, então criança de seus 10 anos em 1990.

E a Tânia que havia desaparecido um pouco pela popa, chegou novamente pra relembrar do “Mar de Histórias”, e o Barco dos Livros foi dando suas voltas, pessoas foram chegando e saindo...

Será que quando o Barco dos Livros fecha suas portas pela noite os livros se abrem e todos aqueles personagens dos livros saem ganhando vida própria e aprontam mil e uma bagunças madrugada adentro, como naqueles desenhos animados, em preto-e-branco antigos?

Sei lá, mas deu para imaginar a cena.

Por fim, tapetes, cadeiras e mesas eram todos mágicos e fomos conhecer muitos mundos da imaginação.

E, na minha primeira noite, das outras mil que virão neste futuro próximo fui refletir sobre tudo isso...

segunda-feira, 24 de março de 2008

ALGUMAS COISAS SOBRE
A EDUCAÇÃO DO OLHAR
NA OBSERVAÇÃO
E NA PRÁTICA PEDAGÓGICA
ETC.







ARTE E LIVROS
NA EDUCAÇÃO ESCOLAR

A IMAGEM NAS PAREDES DA ESCOLA

Eva Furnari*

Leitura de texto e leitura de imagem

Costumamos usar a palavra leitura significando leitura de texto. Uma leitura que requer decifrar signos, letras, sinais convencionados, que nos remetem ao universo da linguagem oral. Ler um texto é ler o registro de nossa comunicação verbal, no qual as palavras contam os significados.
Essa é uma maneira de ler o mundo. Uma maneira importante, que traz informação, troca, que alarga horizontes e permite a constante ampliação dos níveis de conciência humana.
Podemos, também, usar a palavra leitura em um sentido menos comum, significando leitura visual. Essa é uma outra maneira de ler o mundo, não decifrando letras, mas decifrando imagens.
Imagens que preenchem nossos olhos do momento em que acordamos até a hora de dormir. São paisagens da cidade, do campo, das ruas, das casas, por dentro, por fora, dos outdoors, dos livros, revistas, TVs. Paisagens cheias de objetos e sujeitos.

Com o olhar, a gente pode, por exemplo, ler um objeto que esteja na paisagem, digamos, um carro. Ao vê-lo, sabemos se é antigo, moderno, esporte ou clássico, se nos agrada ou não e assim por diante.

A gente também pode ler e decifrar um sujeito passando na rua. Digamos que, só de olhar, a gente vê se é jovem, velho, pobre, rico e pode até perceber seu estado de humor; deprimido, emburrado, bem disposto, de bem com a vida. Lemos sujeitos o dia todo, a todo momento. Quem é que, ao se relacionar com uma pessoa, não envia e recebe mensagens para serem entendidas pelos olhos? São caras e bocas sem legenda, que vão fazendo pedidos, convites, dando comandos, fazendo intimações e outras coisas assim. Isso é ler imagem. Essa leitura visual do mundo nos é tão íntima e familiar, que muitas vezes não nos damos conta do quanto ela é presente em nossa vida.

Captamos uma quantidade enorme de informações por essa via, muito maior do que costumamos supor. É todo um sistema de comunicação que se processa pela imagem, e que é, em parte, inconsciente e, é interessante notar que, mesmo sendo inconsciente, somos capazes de usá-lo com perícia.

É como se houvesse uma leitura silenciosa, às vezes vaga, outras vezes precisa, feita não por nosso lado racional, mas por nossas sensações e emoções. Parece algo natural, espontâneo, universal, independente da cultura e da linguagem verbal de cada povo.

Vale observar que, mesmo ocorrendo com baixos níveis de consciência, essa relação visual com o mundo é extremamente atuante e determinante nas nossas escolhas, em nossas relações, em estados de felicidade ou de tristeza estética, enfim, em muitos aspectos da nossa vida.

O espaço interno da escola

Tanto a leitura visual do sujeito e do objeto, quanto a leitura da paisagem, também são extremamente presentes em nosso cotidiano. É uma presença forte, que interfere e atua através de informações, significados, conteúdos simbólicos, que educam ou deseducam, agridem ou acolhem.

É comum que tenhamos sensações e impressões nos lugares onde estamos. Chamamos aqui de paisagem a qualquer entorno; tanto ambientes internos, quanto externos. Quantas vezes, por exemplo, nos sentimos confortáveis num lugar bem arranjado com plantas, bem iluminado, agradável. Ou também, numa cidade grande, quantas vezes amortecemos o olhar e nos insensibilizamos, focalizando apenas o que interessa, na intenção de proteger a alma da feiura da paisagem.

O entorno parece penetrar em nossos corações e nos contaminar, interferindo até em nossos ânimos, otimistas ou pessimistas, dando sensações leves ou pesadas, aconchegantes ou frias, caóticas ou ordenadas, feias ou belas.

Alguém já disse que os olhos são a janela da alma. E através de uma janela, tanto se olha de dentro para fora, quanto de fora para dentro. O tom do ambiente chega em nosso inconsciente, levando todo tipo de informação e de sensação, levando um alimento, que pode ser bom ou ruim.
Essa questão, tão importante para nossa qualidade de vida, muitas vezes nos passa despercebida, mas merece, sem dúvida nenhuma, toda nossa atenção.

Se estamos em nossa casa, temos, em geral, a liberdade de interferir no lugar conforme nos aprouver. Porém, quando se trata de um espaço coletivo, como no caso da escola, da empresa, da cidade, a sua apropriação implica questões mais complexas, que requerem conhecimentos e cuidados especiais.

O ambiente interno da escola - com suas salas, corredores, pátios, paredes - é um espaço essencialmente coletivo e sua peculiaridade é que pode ser usado como recurso educacional. Sendo que a vocação da escola é educar, parece óbvio que seu espaço e suas paredes também sirvam de "lição", mas nem sempre é o que ocorre, nem sempre o óbvio é tão evidente. É comum que as escolas ainda tenham uma idéia antiga, uma crença que até passa despercebida, que se educa somente com lousa, com livros, aulas e palavras.

Observamos, também, que há uma outra crença permeando essa questão: o hábito de achar que o indivíduo pouco pode fazer quando se trata de espaços coletivos. Esses espaços, com frequência, parecem ser terra de ninguém, parecem ser resultado de um amontoado de ações independentes entre si, formando um todo confuso, desprovido de cuidados estéticos e de informações visuais de qualidade. Inúmeras vezes, não há sequer a preocupação e o cuidado com a manutenção física desses locais, fato que dá uma sensação deseducadora de abandono e depressão.

É evidente que essa é toda uma problemática complexa; faltam recursos nas escolas públicas. É necessário, porém, que se perceba que muitas vezes o cuidar não está somente nos recursos materiais, mas também nas atitudes e que, nesse caso, o desafio é ainda maior. A proposição de usar as paredes da escola com intuitos educativos requer, sim, dedicação, planejamento, conciliação de interesses, vontade e disposição. E, sem dúvida nenhuma, o conhecimento e a consciência do potencial desse trabalho para aqueles que estão de fato preocupados em educar é que vai dar a energia e o entusiasmo para realizá-lo.

Podemos dizer que já existe, hoje, uma atuação importante e consistente da educação no sentido de ampliar os espaços de aprendizado. Não temos aqui a pretensão de estar colocando um novo conceito educacional.

Nossa intenção é a de colaborar com conscientização desses caminhos tão novos que os educadores vêm percorrendo, diante da importância crescente da imagem no mundo todo.
E, por sua vocação, cabe à escola a responsabilidade, de certa maneira nova em nosso país, pela difícil tarefa da educação do olhar.

A Educação do Olhar

Sem dúvida alguma, um dos lugares privilegiados para a educação do olhar é a escola.
E o que vem a ser exatamente a educação do olhar?

Essa pergunta pode ter muitas respostas, entre elas, uma bastante simples; basta oferecer aos olhos qualidade estética, arte. Muita, em quantidade e variedade.
Isso será processado numa alquimia interior e veremos que, depois, a alma da criança e do jovem, que foi assim alimentada, passará a buscar, automaticamente, a qualidade estética como alimento necessário.

Porém, não podemos nos iludir com soluções simplistas, achando que prover uma criança de arte seja tão fácil e óbvio. Pode parecer simples, à primeira vista, para o artista, que já convive com essa dimensão estética do olhar. Mas não é tão simples para o professor, que muitas vezes não tem em seu cotidiano essa preocupação ou não teve a oportunidade de ter essa dimensão estética na sua própria formação.

É provável, também, que o professor esteja distanciado disso. Pendurar a reprodução de uma obra de arte e ocupar os murais com coisas belas, novas e ricas para os olhos, pode parecer supérfluo quando ele está envolvido com questões urgentes; problemas de disciplina, falta de recursos, dificuldades educacionais e até políticas internas da escola. Situações e problemas concretos, que o senso comum manda eternamente priorizar.

Se formos observar essa realidade de outro ponto de vista, veremos, porém, que o feitiço pode virar contra o feiticeiro, isto, é, a escola pode mergulhar nos aspectos práticos de seu ofício, de tal forma que perde de vista o olhar profundo e enriquecedor da natureza humana, oferecido pela reflexão interiorizada e incomum da arte.

Por que Arte na escola?

A arte é a linguagem que possibilita a expressão e a produção de saberes de uma comunidade.
Pela arte, pela pintura, fotografia, música, teatro, cinema, o homem se reconhece como em um espelho, vê sua própria cultura por diferentes prismas, investiga para além da ciência e do pensar meramente lógico, mergulha em aspectos éticos, mitológicos, mágicos, religiosos e busca compreender os sentidos do seu próprio viver.

A arte é, para um indivíduo, a possibilidade de expressão, de elaboração de conteúdos inconscientes e até de integração para alguns excluídos e marginalizados. Em nosso cruel contexto social, crianças e jovens abandonados, que nunca receberam um olhar atento para si mesmos, podem ter por sua produção artística (um grafite que é admirado, uma poesia que é lida) o reconhecimento de seu valor, o validamento de sua própria dignidade, portanto, o fazer da arte é também uma possibilidade de cura.

É sabido que jovens delinqüentes, com talento para a liderança, quando são chamados a participar em um contexto comunitário e são reconhecidos por sua criatividade, passam a contribuir com o seu lado melhor, e muitos deles se regeneram e se integram de maneira comovente. As manifestações culturais e a arte têm uma importância cada vez maior na sociedade de hoje, tornando-se via possível para transformar a violência da exclusão em integração comunitária.

A escola como lugar de Ética e Estética

A consciência e o reconhecimento do valor do ensino de arte na escola é de fundamental importância. A amplitude desse ensinamento tem alcance tanto no sentido do desenvolvimento individual quanto no sentido social.

O uso das paredes da escola, seja para mostrar arte produzida por alunos ou reproduções de obras de outros artistas, vai para além da sala de aula, pois é uma interessante oportunidade para o exercício da cidadania.

A ocupação do espaço escolar é uma experiência do indívíduo perante o coletivo e pode ser determinante de futuras atitudes diante de estruturas maiores como a cidade, o país, o planeta. Os futuros cidadãos podem ter aí, nesse espaço organizado, a prática da consciência de direitos e deveres, o hábito de se apropriar da paisagem, o cultivo de modificar e cuidar do espaço de convivência de maneira democrática, a compreensão que o bem coletivo reverte para o bem do próprio indivíduo.

Ao educador é que cabe coordenar o uso desse espaço com certa competência, considerando questões de organização e de estética tais como equilíbrio, harmonia, cor. Uma ocupação criativa, não poluída, com reproduções de obras de arte, com desenhos de alunos organizados de maneira a saber como valorizá-los, com cartazes e avisos que contenham a reflexão da linguagem e da comunicação.

Para que tal trabalho tenha bons frutos, e não fique no mero decorativo e na cópia mecânica sem conteúdo, é necessário capacitar e instrumentalizar aqueles professores que não se sentem capazes de realizá-lo. O ensino de arte é um ensino que requer especialização, conhecimento de técnicas específicas e estratégias de desbloqueio da criatividade do aluno.

Cabe, porém, não só ao professor de arte, mas ao educador de uma maneira geral, cuidar não só das palavras, mas também das imagens e paisagens que se oferecem ao olhar da criança, a janela de sua alma.

O livro infantil também é espaço para conviver com a Arte

O professor que tem a preocupação da educação do olhar tem um parceiro generoso: o livro infantil.

O livro infantil tornou-se, nas últimas décadas, um dos espaços mais importantes e constantes que a criança tem para conviver com o universo da arte. Não que museus, esculturas em praça pública e livros de arte não sejam uma fonte importante, mas o fato é que, em nosso país, não temos o hábito e a tradição de frequentá-los, e mais, nossas atribulações do dia-a-dia não nos permitem a calma necessária para sua contemplação.

Nos livros infantis, a arte vem de maneira natural pela ilustração, pelo projeto gráfico, vem contando suas histórias; é a linguagem visual fluindo com a linguagem verbal. São imagens que trazem consigo maneiras próprias de olhar o mundo. Uma maneira distinta do olhar e da intenção puramente mercadológica de um sistema econômico dominante.

As ilustrações, quando são de qualidade, têm, potencialmente, a possibilidade de fazer frente ao massacre da indústria de consumo, que invade nossas vidas por todos os lados, com padrões pobres, vazios, camisas de força impostas aos nossos olhos. Os personagens da mídia, da propaganda e dos desenhos animados, em sua maior parte feitos com meras intenções comerciais, invadem tudo, das mochilas aos desenhos dos alunos.

Imagens estereotipadas da TV, da internet, de outdoors pela cidade, das embalagens de produtos consumidos, que vêm servindo de modelo para as crianças, podem ter nos livros infantis um contraponto saudável.

O termo estereotipia, segundo a definição do dicionário quer dizer padrão formado de idéias preconcebidas e alimentado por uma falta real de conhecimento, falsa generalização, falta de originalidade, lugar comum. E isso, imagino que seja o que um bom educador quer evitar para seu aluno.

O sentido da verdadeira arte é justamente caminhar escapando da estereotipia que invade nossos olhos.

O livro infantil, não só com suas imagens, mas também com suas histórias, contém freqüentemente o olhar genuíno sobre nós mesmos, que busca a reflexão criativa fora dos padrões alienantes que nos cercam. A tradição das histórias no percurso do homem é, em essência, transmitir sabedoria e não apenas informação e diversão, como pode se supor à primeira vista.

A literatura para crianças vem se tornando, cada vez mais, um espaço interessante e saboroso, apreciado inclusive por adultos. Histórias realistas ou simbólicas, que aparentemente falam de um mundo imaginário, na verdade, falam, de um jeito bem-humorado e poético, de questões, conflitos, problemas para os quais todos nós buscamos solução.
Sair do cotidiano, aproximar-se da arte e de suas reflexões incomuns, fora de um sistema consumista aprisionador, nos leva a pensar em nossa própria condição humana em seus aspectos físicos, psíquicos, anímicos e espirituais.

Acredito que a iniciativa de buscar soluções para melhorar a qualidade de vida, apropriar-se de nossos espaços, ao invés de apenas esperar passivamente que as iniciativas governamentais resolvam a totalidade de nossos problemas, é sinal de amadurecimento. É um sinal saudável de superação de um sentimento social de orfandade.

...

* Escritora e ilustradora de livros para crianças e jovens

quinta-feira, 13 de março de 2008

APRENDER A ENSINAR:
A APRENDIZAGEM DO ENSINO
NO CURSO DE PEDAGOGIA
SOB O ENFOQUE
HISTÓRICO-CULTURAL
Maria Isabel Batista Serrão



Na tarde de quarta-feira, 12 de março de 2008 estivemos no NDI/UFSC, Núcleo de Desenvolvimento Infantil, presentes à exposição e debate no CICLO CULTURA & CRIANÇA sobre temas abordados no livro da Profa. Maria Isabel Serrão. Muitas questões foram levantadas e o debate tomou o rumo de diálogos sobre a expectativas e as possibilidades de ação no decorrer do estágio, das responsabilidades e desafios que vamos desenvolver, em nós mesmos, e em nossas relações com o outro.
TEMA: Atividade humana e educação

Mil e uma e mais algumas perguntas...
O mundo de pernas pro ar...
O mundo a voar...

O que é atividade humana e educação escolar?
Em qual contexto histórico-cultural as crianças estão inseridas?
Quando mudamos a natureza nos mudamos a nós mesmos?
A atividade humana material, e externa, ''e mediada pela inguagem e qual a importância dos signos criados pelo homem?
O que carcteriza mesmo a criança como ser humano?
Aprender a ensinar e ensinar...
Onde fica o brincar?
Que mundo criamos e brincamos em nossas mãos?
O objeto da atividade de ensino dos professores pode ser o ensino?
O objeto da atividade da aprendizagem dos estudantes pode ser a aprendizagem ao ensino voltado para as crianças?
O que será apropriado pelas crianças?
É preciso vivenciar com as crianças os meios para se possibilitar alcançar o aprender...
Aprender o quê? Como? Onde? Quando? Por quê?
Aprender pra quê?
O que é exercício da liberdade? Qual a direção e o sentido para esta liberdade?
O que é capacidade de ultrapassar as possibilidades?
O que é o curso de Pedagogia?
Qual é o espaço privilegiado para realizar as utopias e discutir sobre essa tal de liberdade e agir na formação para a formação de seres?
Que vínculos temos a criar no desenvolvimento do estágio?
Que relações temos para com tudo isso?
O que importa observar, fazer, descobrir, construir, desbravar nesse mundo?
O que será apropriado, o que será transformado?
O que restará como referência, quais são as nossas referências?
O que respeitar, quais são as nossas intenções?
Qual ponte estabelecer entre a teoria e a prática?

Mais para refletir no livro:

Aprender a Ensinar
Autor: Maria Isabel Batista Serrão*
Editora: Cortez
Área: Pedagogia
Idioma: Português
Número de páginas: 206
Edição: 2006

"O livro Aprender a Ensinar: a aprendizagem do ensino no curso de pedagogia sob o enfoque histórico-cultural alimenta a utopia da criação de condições históricas para cunhar uma nova ordem social, na qual possa existir um sistema de educação que proporcione às pessoas possibilidades de desenvolvimento na complexidade e na multiplicidade de manifestações que a existência humana possa criar."

"Maria Isabel Batista Serrão é graduada em Pedagogia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, com mestrado em Educação também pela PUC e doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo. Atualmente é professora da UFSC. Sua atuação nos últimos anos tem focado-se na Formação Universitária de Professores, Prática de Ensino, Atividade de aprendizagem, Estudantes de Pedagogia, Teoria da Atividade e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra."

Fonte: http://www.appai.org.br/Jornal_Educar/jornal50/lancamentos_editoriais/livros.asp

"Em tempos de recuo da teoria como o que presenciamos, em particular na pesquisa educacional, a reflexão sobre a universidade, a escola e a apropriação do conhecimento se faz cada vez mais necessária. Diante das Diretrizes Curriculares Nacionais, necessário também se faz o debate sobre a finalidade formativa do curso de Pedagogia. Aprender a ensinar: a aprendizagem do ensino no curso de Pedagogia sob o enfoque histórico-cultural volta-se para os que buscam contribuir criticamente nessa reflexão e nesse debate, em especial nos campos da educação e da psicologia."

Fonte: http://www.cortezeditora.com.br/produto_detalhe.php?PHPSESSID=&codeps=fDExNDB8

"Analisa a aprendizagem do ensino no curso de Pedagogia sob o enfoque histórico-cultural. Especula a criação de condições para uma nova ordem social, na qual possa existir um sistema de educação que proporcione às pessoas possibilidades de desenvolvimento na complexidade e na multiplicidade de manifestações que a existência humana possa criar. Apresenta ainda, os resultados da pesquisa realizada acerca do processo de constituição da atividade de aprendizagem."

Fonte: http://www.sinpro-rs.org.br/extraclasse/dez06/extrato.asp

* Currículo Lattes de SERRÃO, M. I. B.,
http://lattes.cnpq.br/3603052519064945
Próximo encontro do CICLO CULTURA & CRIANÇA na Barca dos Livros, na Lagoa da Conceição, em 26 de março de 2008.

segunda-feira, 10 de março de 2008

NO MEIO DOS CAMINHOS
TINHA UMA ESCOLA


Inspirado na pedra no meio do caminho de Drummond.
Só para refletir um pouco...

No meio dos caminhos tinha uma escola...
LNS

A VERDADE DIVIDIDA


A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.

Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só conseguia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metadevoltava igualmente com meio perfil.
e os meios perfis não coincidiam.

Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia os seus fogos.
Era dividida em duas metades
diferentes uma da outra.

Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era perfeitamente bela.
E era preciso optar. Cada um optou
conforme seu capricho, sua ilusão, sua miopia.

Carlos Drummond de Andrade
In Contos Plausíveis
José Olympio, 1985
© Graña Drummond

Citado em KRAMER, Sônia; BAZÍLIO Luiz Cavalieri.
Infância, educação e direitos humanos. São Paulo: Cortez, 2003.
Turma 687
Profa. Gilka Girardello
TURMA 687 A
Profa. Maria Isabel Serrão






“[...] O conhecimento é assim
ri de si mesmo e de suas certezas
É meta da forma
metamorfose
movimento
fluir do tempo
que tanto cria como arrasa
a nos mostrar que para o vôo
é preciso tanto o casulo
como a asa”
Mauro Luis Iasi


OBJETIVOS:

. Proporcionar a reflexão sobre os elementos constitutivos do ser criança em algumas formações sociais, enfatizando o contexto rural brasileiro contemporâneo;

. Conhecer os elementos teórico-metodológicos que fundamentam a proposta educacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST;

. Refletir sobre a prática pedagógica realizada nas séries iniciais do ensino fundamental, particularmente a desenvolvida em escolas de assentamentos;

. Elaborar e desenvolver um projeto de ensino voltado para os anos iniciais do ensino fundamental, a partir do que foi investigado;

. Avaliar e comunicar os resultados do que foi realizado.
...
Fotos do quadro 4 e 5:
Acampamento Chico Mendes por GRASS ROOTS INTERNATIONAL
TURMA 687 B
Profa. Monica Fantin




Mídia e Educação na Escola:
conhecer, aprender, educar para as múltiplas linguagens

Objetivo geral: Analisar uma realidade educacional brasileira através do exercício da prática docente nas séries iniciais do ensino fundamental e refletir sobre a possibilidade de uma experiência de ensino-aprendizagem que articule significativamente educação, comunicação, cultura, mídia e múltiplas linguagens.

Objetivos específicos:
1 . Entender a relação entre infância, criança e escola;
2 . Refletir sobre a presença das múltiplas linguagens (orais, corporais, lúdicas, artísticas, audiovisuais, escritas, midiáticas) no processo de ensino-aprendizagem;
3 . Conhecer as possibilidades de uso os meios/das mídias na educação;
4 . Refeltir sobre a prática pedagógica nas séries iniciais;
5 . Elaborar e desenvolver projeto de ensino propiciando a apropriação dos conhecimentos e dos meios na educação;
6 . Avaliar limites e possibilidades da experiência de estágio na escola e na formação de professores.
Turma 687 C
Profa. Sônia Maria Silveira




Educação, infância, escola e sociedade;
Arte e educação; práticas pedagógicas

Objetivo geral: Construir um referencial teórico-metodológico capaz de fundamentar e operacionalizar o estágio docente nos anos iniciais do Ensino Fundamental, tendo como base a pesquisa sobre a arte e a infância no cotidiano da escola.

Objetivos específicos:
1 . Analisar e descrever a formação pessoal e coletiva proporcionada pelo currículo acadêmico e sua relação com as possibilidades de desempenho docente segundo os fundamentos teórico-metodológicos estudados;
2 . Proporcionar a reflexão sobre os elementos constitutivos do ser criança, enfatizando o contexto da escola pública onde acontecerá o estágio de atuação docente;
3 . Refletir sobre a oficina como modalidade educativa através da oficina de teatro de bonecos, buscando articular teoria e prática;
4 . Fruição da arte através da oficina de teatro de bonecos, como proposta lúdica, criativa e poética;
5 . Estabelecer um paralelo entre a prática pedagógica desenvolvida e a organização didática proposta pelas diferentes teorias da educação;
6 . Elaborar e desenvolver um projeto de intervenção pedagógica segundo as teorias críticas em educação.
7 . Analisar e relatar criticamente a ação pedagógica desenvolvida.
Turma 687 D
Profa. Sandra Regina G. Stroisch
Turma 687 E
Profa. Jucirema Quinteiro



terça-feira, 4 de março de 2008

PARA COMPREENDER
A REALIDADE EDUCACIONAL
BRASILEIRA E LATINO-AMERICANA




Maria Isabel Serrão, Mônica Fantin, Sônia Maria Silveira, Sandra Regina G. Stroisch, Jucirema Quinteiro, Gilka Girardelo, Mariana Silveira dos S. Rosa, Karine Quint, Claudia Cardoso Backer, Claudio Zainaghi, Cristiane Vieira, Daniela Ferreira, Dilma Verruck, Edinara Fernanda Werner, Edoarda Gerent Voges, Elizabeth Melilo de Souza, Fabiola Vieira da Rosa, Gabriela Schmitz Forte, Graziele M Ribeiro da Silva, Hagabi Jesus Mattos, Jorgete Bertoncini, Juliana Schmidt, Katia Regina Fraga, Leonardo Dutra Guedes, Leopoldo Nogueira e Silva, Lucimara Rosa Marcelino, Marcos Moser, Mariela Paz Canteros, Nicoli Machado da Silva, Tainara de Oliveira Rosa, Thaiana dos Santos Farias, Ana Paula Maria, Ana Paula Mayer Botelho, Angela Dirce Vieira Magliocca, Camila de Oliveira, Daniela Amelia Martins, Daniela Regina de Souza, Elaine Conceição da Cunha, Fabiana de Lima Pereira, Fernanda Araujo Barrichello, Fernanda Brand, Francine Amaral de Souza, Francine Trindade da Silva, Grace Claret de Medeiros, Joana Batista Silva Araújo, Josiane Peres da Silva, Juliane Tomasi, Lizyane Francisca Silva dos Santos, Luana Koerich, Luana Martins Andrade, Manuela Morateli dos Santos, Maraisa Pires de Moraes, Marta Honorata dos Santos Almeida, Natalia Soares de Oliveira, Pamela de Arruda, Viviane de Figueiredo Becker, e escolas.


FALTA DE SALA DE AULA:
Problema de todos os semestres...





Depois da primeira reunião (no Auditório do CCE), em 04 de março e 2008, para tratar da rematrícula e falta de sala de aula para as turmas da Disciplina Prática de Ensino da Escola Fundamental - Séries Iniciais (MEN 5325), professores e estudantes se dirigem à direção do CED/UFSC para expressar indignação em relação a este problema verificado em todos os semestres.


A direção está se empenhando para resolver o problema.



Confira o vídeo no Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=yVBxBBbNIuY