segunda-feira, 15 de março de 2010

Briga na reitoria, uma aula de Pedagogia

Sexta-feira, 12 de março de 2010,
perto das três horas da tarde,
cerca de 140 estudantes do CED vêm à Reitoria reivindicar
solução para o problema de falta de salas de aula
(a saber, 6ª e 8ª fase da Pedagogia),
ausência de professores (4ª fase pedagogia)
e o fechamento do Xerox do CED (que obriga os estudantes
a enfrentar até 1h40min. de fila no xerox do CFH)

Por Hélio Rodack Quadros Júnior
DCE UFSC

Após uma longa manifestação, o vice-reitor Paraná atendeu os estudantes, explicando como a reitoria está negociando o espaço com os centros. Após um atrito inicial, sobre a expansão de cursos sem infra-estrutura, este disse que a responsabilidade sobre a abertura de novos cursos é dos centros, que a reitoria “não manda nada” (resposta dada à pergunta: “a reitoria não manda nada?”).

As acadêmicas contestam a tese de “esperar solidariedade dos outros centros”, afirmando que sala de aula não se deve a solidariedade, mas à garantia de direitos. Os ânimos se acirram quando se inicia o debate sobre acessibilidade, quando o vice-reitor pergunta: “o CED não tem elevador?”. O que certamente irritou os presentes por evidenciar um desconhecimento sobre a realidade desse centro.

A conversa segue com o depoimento de calouras de Pedagogia sobre o sucateamento do espaço físico de seu curso, em relação a outros centros com maior infra-estrutura (CCS, como foi citado). O vice-reitor rebate a acusação afirmando que considera importante a pedagogia, dizendo que a valoriza muito. Ao que prontamente um acadêmico pergunta “se o diretor de centro precisar de verba, a reitoria vai apoiar?”. O vice-reitor responde expondo o processo de licitação da construção do novo prédio, que está em andamento. Tal afirmativa continua a exaltar os ânimos: “só vou poder me formar depois que esse prédio ficar pronto?”, “estamos vindo há duas semanas, e sem aula, quem vai repor isso? Como vão repor essas perdas?”. O vice-reitor afirma “se comprometer na tentativa pessoal”, leva o problema para o âmbito das licitações, o que irrita ainda mais o público.

Nesse meio tempo, até mesmo o vice-reitor aumenta o tom de voz, afirmando que não é “político pessoal”, que “não conta lorota”, que precisa trabalhar; discurso que prossegue elucidando suas limitações. No corredor desabafos indignados: “essa lenga-lenga vai longe!”, e a cada novo depoimento mais exaltações, mais ainda quando o vice afirma: “eu considero uma ofensa virem aqui desse jeito dizer essas coisas”. As mulheres levantam a voz: “se não for resolvido logo, faremos uma manifestação maior ainda!”.

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